A investigação genética tem-se tornado numa das partes mais importantes da medicina e da biologia nos últimos anos. No entanto, no que diz respeito ao seu papel na investigação em medicina dentária, o caminho a percorrer ainda é longo. De acordo com um estudo da Universidade de Adelaide, nos EUA, a genética pode ser fundamental na melhoria de diagnósticos, tratamentos e na prevenção de doenças dentárias.
O código genético humano contém toda a informação sobre o ADN, mas o código epigenético determina onde e quando é que o código genético será expresso. De acordo com os responsáveis pelo estudo, o código epigenético pode ter implicações importantes na prática da medicina dentária, incluindo uma abordagem médica personalizada.
Toby Hughes, autor do estudo, refere que os fatores epigenéticos respondem ao meio em que estão inseridos, como os micróbios orais, regulando assim que genes estão ativos. “Isto significa que podemos usá-los para determinar o estado de saúde dos indivíduos ou mesmo para influenciar a forma como os genes se comportam. Não podemos mudar o código genético, mas poderemos vir a mudar a altura em que os genes se expressam ou não. O que me entusiasma mais é a possibilidade de monitorizar as potenciais doenças orais desde cedo como forma de prevenir ou reduzir o seu impacto.”