O tabaco e o álcool aumentam entre 30 a 100 vezes o risco de cancro oral, o sexto mais mortífero, com uma taxa de mortalidade a cinco anos de 50%. De acordo com a Ordem dos Médicos Dentistas, o perfil dos doentes com esta patologia está a mudar, sendo hoje uma doença que atinge cada vez mais mulheres e mais homens com menos de 45 anos.
O tabaco e o álcool são os principais fatores de risco, sendo que fumadores e consumidores imoderados de álcool têm entre 30 a 100 vezes maior probabilidade de vir a sofrer de cancro oral. Quando detetada nos estádios iniciais, a doença tem taxas de sobrevivência entre os 75 e os 90%, sendo que a elevada taxa de mortalidade do cancro oral se prende com a deteção tardia.
Orlando Monteiro da Silva, bastonário da OMD, revelou recentemente que cerca de 240 médicos dentistas estão envolvidos no Projeto de Intervenção Precoce no Cancro Oral “que alarga o cheque dentista ao rastreio desta doença. É um programa pioneiro que envolve ainda os centros de saúde que vão encaminhar os doentes para os médicos dentistas, o IPATIMUP, que vai realizar as biópsias, e os institutos de oncologia, onde os doentes serão tratados”.
A OMD vai também criar um guia para profissionais de saúde intitulado ‘Intervenção Precoce no Cancro Oral’, com guidelines de atuação e detalhes sobre a doença. Este guia vai ser distribuído a mais de oito mil médicos dentistas e seis mil médicos de família.